José Petitinga

José Petitinga
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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

MOVIMENTO VOCÊ E A PAZ DIVALDO FRANCO

XIII Movimento você e a Paz - Divaldo Franco

Acontecerá no próximo dia 22 de novembro, às 20 horas, na Praça Padre Matheus, coração da nossa cidade de Santo Antônio de Jesus, o XIII MOVIMENTO VOCÊ E A PAZ, com a Coordenação e participação Especial do querido irmão, Expositor de Escol, Divaldo Pereira Franco.
Vamos divulgar e convidar todos nossos amigos e familiares para esse ato de AMOR e PAZ.


A Direção

sábado, 5 de junho de 2010

Seminário - SAPSE

A Sociedade Espírita José Petitinga, a Federação Espírita da Bahia -FEEB, e o CR-5, estão promovendo, nos dias 5 e 6 de junho de 2010, a segunda Etada do Seminário do SAPSE - Serviço de Assistência e Promoção Social Espírita.
A Coordenação é da nossa irmã Suzy Mureau, da FEEB que mais uma vez vem a Santo Antônio de Jesus para realização deste gratificante trabalho junto aos trabalhadores Espíritas da Região do Recôncavo baiano.
No Site da FEB (Link ao lado), poderemos encontrar o Manual do SAPSE, o Livro de Orientação ao Centro Espírita, e diversos artigos e Livros da Doutrina.
Para obtenção do Manual, basta digitar SAPSE na barra de Busca do SITE da FEB.

Hamilton Gomes

quinta-feira, 6 de maio de 2010

quinta-feira, 8 de abril de 2010

VII Semana de "O Livro dos Espíritos"

A VII Semana do Livro dos Espíritos, vai comemorar os 153 anos da Obra Central do Pentateuco de Allan Kardec, lançada em 18 de abril de 1857 em Paris, França.
Nos dias 29/04, 30/04, 01/05 e 02 de maio de 2010, sempre as 19:30h,serão realizadas magníficas Palestras sobre o Tema.
O Evento acontecerá no Salão Superior da Sociedade Espírita José Petitinga, sito à Rua Allan Kardec, 70, Centro, Santo Antônio de Jesus, Bahia.

Aguardamos a sua Presença e Participação.

terça-feira, 16 de março de 2010

Centenário de Chico Xavier (1910 - 2002)

Convite da FEEB

Caro Companheiro,


Convidamos os companheiros para participarem do Evento em homenagem ao Centenário de Chico Xavier.



Dia: 11 de abril de 2010

Local: Fiesta Convention Center – Itaigara – Salvador

Horário: 08:00 ás 12:00 ou de 14:00 ás 18:00h

Convidados Especiais: Suely Caldas Schubert e Geraldo Lemos, ambos devotados Espíritas Mineiros, autores de biografias do nosso homenageado.



Para participação deste Evento é necessário adquirir em nossa Livraria, um exemplar dos livros de Chico Xavier, editados pela Federação Espírita Brasileira, com carimbo do Centenário, produzido pela FEEB. No ato da aquisição do exemplar, será oferecido um marcador de livro, criado especificamente para o Evento, que servirá de ingresso para ser apresentado na portaria para cada turno do dia que queira participar.



Participe desta festa, pois é um momento impar de confraternização. Só existe um primeiro Centenário.



Edinólia Peixinho

Secretaria da FEEB

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Divaldo Franco

Biografia


UM MÉDIUM, UM ORADOR, UM EDUCADOR



Divaldo é um verdadeiro apóstolo do Espiritismo. Dos seus oitenta anos, sessenta foram devotados à causa Espírita e às crianças excluídas, das periferias de sua Salvador. Nasceu em cinco de maio de 1927, na cidade de Feira de Santana, Bahia, e desde a infância se comunica com os espíritos. Cursou a Escola Normal Rural de Feira de Santana, recebendo o diploma de professor primário, em 1943. Trabalhou como escriturário no antigo IPASE, em Salvador, aposentando-se em 1980.

Concedendo entrevista

É reconhecido como um dos maiores médiuns e oradores Espíritas da atualidade e o maior divulgador da Doutrina Espírita por todo o Mundo.


Seu currículo revela um exímio e devotado educador com mais de 600 filhos adotivos e mais de 200 netos, atendendo atualmente a cerca de 3.000 crianças, adolescentes e jovens de famílias de baixa renda, por dia, em regime de semi-internato e externato.



Orador com mais de 11.000 conferências, em mais de 2.000 cidades em todo o Brasil e em 62 países, concedendo mais de 1.100 entrevistas de rádio e TV, em mais de 450 emissoras. Recebeu mais de 700 homenagens, de instituições culturais, sociais, religiosas, políticas e governamentais.



Como médium, publicou 202 livros, com mais de 8 milhões de exemplares, onde se apresentam 211 Autores Espirituais, muitos deles ocupando lugar de destaque na literatura, no pensamento e na religiosidade universais. Dessas obras, houve 92 versões para 16 idiomas (alemão, albanês, catalão, espanhol, esperanto, francês, holandês, húngaro, inglês, italiano, norueguês, polonês, tcheco, turco, russo, sueco e sistema Braille). Além de 17 escritos por outros autores, sobre sua vida e sua obra. A renda proveniente da venda dessas obras, bem como os direitos autorais foram doados, em Cartório, à Mansão do Caminho e outras entidades filantrópicas.

Espírita convicto, fundou o Centro Espírita Caminho da Redenção em sete de setembro de 1947.

Acervo técnico

Dois anos depois, iniciou a sua tarefa de psicografia. Diversas mensagens foram escritas por seu intermédio. Sob a orientação dos Benfeitores Espirituais guardou o que escreveu, até que um dia recebeu a recomendação para queimar tudo o que escrevera até ali, pois não passava de simples exercício. Com a continuação, vieram novas mensagens assinadas por diversos Espíritos, dentre eles: Joanna de Ângelis, que durante muito tempo apresentava-se como Um Espírito Amigo, ocultando-se no anonimato à espera do instante oportuno para se identificar. Joanna revelou-se como sua orientadora espiritual, escrevendo inúmeras mensagens, num estilo agradável repassado de profunda sabedoria e infinito amor, que conforta as pessoas necessitadas dando diretriz espiritual.


Em 1964, Divaldo, sob orientação de Joanna de Ângelis, selecionou várias mensagens de autoria da mentora e enfeixou-as no livro Messe de Amor, que se tornou o primeiro livro psicografado por Divaldo. Atualmente, o médium é recordista e conta com 202 títulos publicados, incluindo os biográficos que retratam sua vida e obra.


MANSÃO DO CAMINHO


Divaldo Pereira Franco é emérito educador. Fundou em 1952, na cidade de Salvador, Bahia, com Nilson de Souza Pereira, a Mansão do Caminho, instituição que acolheu e educou crianças sob o regime de Lares Substitutos.

Em 20 Casas Lares, educou mais de 600 filhos, hoje emancipados, a maioria com família constituída.

Alguns Diplomas

Na década de 60, iniciou a construção de escolas, oficinas profissionalizantes e atendimento médico.


Hoje, a Mansão do Caminho é um admirável complexo educacional com 83.000 m2 e 50 edificações que atende a três mil crianças e jovens de famílias de baixa renda, na Rua Jaime Vieira Lima, n° 1 , Pau da Lima, um dos bairros periféricos mais carentes de Salvador. O complexo atende a diversas atividades sócio-educacionais como: enxovais, Pré-Natal, Creche, escolas de ensino básico de 1º e 2º graus, Informática, Cerâmica, Panificação, Bordado, Reciclagem de Papel, Centro Médico, Laboratório de Análises Clínicas, Atendimento Fraterno, Caravana Auta de Souza, Casa da Cordialidade e Bibliotecas. Mais de 30 mil crianças passaram, até hoje, pelos vários cursos e oficinas da Mansão do Caminho. A obra é basicamente mantida com a venda dos livros mediúnicos e das fitas gravadas nas palestras, seminários, entrevista e mensagens por Divaldo.

HOMENAGENS


Divaldo Franco recebeu homenagens em diversos países e cidades da América do Norte.


Algumas Condecorações

Central, do Sul, Europa e África:



• 20 Comendas



• 334 Placas de prata, douradas e bronze

• 54 Medalhas • 49 Troféus

• 43 Moções de Congratulações

• 187 Diplomas e Certificados

• 12 Títulos Honoríficos significativos.



Dentre todas essas maravilhosas homenagens, destacam-se:

• 1991 – Título Honoris Causa em Humanidade, pelo Colégio Internacional de Ciências Espirituais e Psíquicas, em Montreal, Canadá em 23.05.1991.

• 1997 – Decreto de Ordem do Mérito Militar, 31.03.1997, pelo Presidente da República do Brasil.

• 2001 – Medalha Chico Xavier, do Governo do Estado de Minas Gerais.

• 2002 – Título de Doutor Honoris Causa em Humanidades, pela Universidade Federal da Bahia.

• 2002 – Homenagem da Universidade Estadual de Feira de Santana.

• 2005 – Título de Embaixador da Paz no Mundo, junto com o amigo Nilson de Souza Pereira. O título foi recebido em Genebra, na Suíça, em 30 de dezembro de 2005, pela Ambassade Universalle Pour la Paix.


Atualizada em 22.03.2008.

fonte de consulta: site da |Mansão do Caminho http://www.mansaodocaminho.com.br

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Lindos Casos de Chico Xavier

Ramiro Gama

"Chico Xavier é mesmo uma criatura adorável. Assim nos recebe, e põe logo à vontade e desconstrange, fazendo crer que somos velhos amigos, irmãos muito chegados ao seu coração. Tivemos vontade de ficar a vida inteira a ouvi-lo, a conversar com ele, tanto bem-estar nos dá e nos proporciona."

"...Chico nos revela qual o desejo maior que afagou em toda a sua vida de encarnado, e que recentemente lhe foi satisfeito: ter um quarto seu com uma janela toda de vidro para poder VER O CÉU, de noite, cheio de estrelas, sentir os mundos imensos que estão rolando pelo infinito como lenços a nos acenar, a nos chamar e pedir que lutemos para os merecer. Quer ver o céu ainda para ver os Espíritos que vêm e vão... Foi Flamarion quem disse que precisamos olhar menos para a Terra e mais para o Céu, porque o silêncio do Céu é mais eloqüente que todas as vozes humanas. O aspecto de sua abóbada celeste nos enche de admiração e fala-nos de Deus, MAS DE UM DEUS VERDADEIRO. Por que o Deus dos espíritos não é o Deus dos exércitos de Felipe II; não derrama sangue, não fala de guerras, não anda a vencer batalhas, não conduz às infâmias da Inquisição, não faz queimar vivos como heréticos, irmãos outros que tenham religiões diferentes da nossa; não aprova a matança de S. Bartolomeu, não sustenta o erro; não condena Copérnico e Falileu, porque esse Deus que o Céu nos mostra é a Suprema Justiça, a Suprema Verdade, o Amor mesmo, e paira, impecável e sereno, na Sua Luz e no Seu poder! As criaturas que olham para o Céu, que gostam do Céu, que falam com o Céu, são criaturas diferentes, estão de passagem por aqui, em Missões; e, sentindo Saudades da Pátria Verdadeira, distante, procuram minorar essa Saudade olhando o Infinito, traduzindo-lhe a Mensagem silenciosa e linda, que Irmãos Maiores lhe enviam. Chico Xavier é, assim, uma criatura do Céu!"

Surra de bíblia

"Lutando no tratamento de 4 irmãs obsidiadas, José e Chico Xavier gastaram alguns meses até que surgisse a cura completa. No princípio, porém, da tarefa assistencial houve uma noite em que José foi obrigado a viajar em serviço da sua profissão de seleiro. Mudara-se para Pedro Leopoldo um homem bom e rústico, de nome Manuel, que o povo dizia muito experimentado em doutrinar espíritos das trevas. O irmão do Chico não hesitou e resolveu visitá-lo, pedindo cooperação. Necessitava ausentar-se, mas o socorro às doentes não deveria ser interrompido. "Seu" Manoel aceitou o convite e, na hora aprazada, compareceu ao "Centro Espírita Luiz Gonzaga", com uma Bíblia antiga sob o braço direito. A sessão começou eficiente e pacífica.

Como de outras vezes, depois das preces e instruções de abertura, o Chico seria o médium para a doutrinação dos obsessores. Um dos espíritos amigos incorporou-se, por intermédio dele, fornecendo a precisa orientação e disse ao "seu" Manuel entre outras coisas: - Meu amigo, quando o perseguidor infeliz apossar-se do médium, aplique o Evangelho com veemência. - Pois não, - respondeu o diretor muito calmo, - a vossa ordem será obedecida. E quando a primeira das entidades perturbadas assenhoreou o aparelho mediúnico, exigindo assistência evangelizante, "seu" Manuel tomou a Bíblia de grande formato e bateu, com ela, muitas vezes, sobre o crânio do Chico, exclamando, irritadiço: - Tome Evangelho! Tome Evangelho!... O obsessor, sob a influência de benfeitores espirituais da casa, afastou-se, de imediato, e a sessão foi encerrada. Mas o Chico sofreu intensa torção no pescoço e esteve seis dias de cama para curar o torcicolo doloroso. E, ainda hoje, ele afirma satisfeito que será talvez das poucas pessoas do mundo que terão tomado "uma surra de Bíblia"...

Mesa de CR$ 15,00 ...

"O Chico estava empregado na venda do Sr. José Felizardo. Ganhava CR$ 60,00 por mês. Mal dava para ajudar a família. Apenas lhe sobrava, quando sobrava, meia dúzia de centavos. Uma de suas irmãs, que o auxiliava no expediente do lar, falou-lhe, certa vez, da necessidade que estavam de uma mesa para a sala de jantar, pois a que possuíam era pequena e estava velha, a pedir substituição. E alvitrou-lhe: - A vizinha do lado tem uma que nos serve. Vende-a por CR$ 15,00. - Mas, como a pagaremos se não possuo e nem me sobra esta quantia, no fim de cada mês? A vizinha, dona da mesa, soube das dificuldades do Chico e, desejando ajudá-lo, propôs-lhe vender o entressonhado móvel à razão de 1 cruzeiro por mês, em quinze prestações mensais. O Chico aceitou e a mesa foi comprada. Pagou-a com sacrifício. Ficou sendo uma mesa abençoada. E foi sobre ela que, mais tarde, entendeu com Emmanuel a lição do pão e dos demais alimentos, verificando em tudo a felicidade do pouco com Deus."

Caridade e oração

"O Centro Espírita Luiz Gonzaga" ia seguindo para a frente... Certa feita, alguns populares chegaram à reunião pedindo socorro para um cego acidentado. O pobre mendigo, mal guiado por um companheiro ébrio, caíra sob o viaduto da Central do Brasil, na saída de Pedro Leopoldo para Matozinhos, precipitando-se ao solo, de uma altura de quatro metros. O guia desaparecera e o cego vertia sangue pela boca. Sozinho, sem ninguém... Chico alugou pequeno pardieiro, onde o enfermo foi asilado para tratamento médico. Caridoso facultativo receitou, graciosamente. Mas o velhinho precisava de enfermagem. O médium velava junto dele à noite, mas durante o dia precisava atender às próprias obrigações na condição de caixeiro do Sr. José Felizardo. Havia, por essa época, 1928, uma pequena folha semanal, em Pedro Leopoldo. E Chico providenciou para que fosse publicada uma solicitação, rogando o concurso de alguém que pudesse prestar serviços ao cego Cecílio, durante o dia, porque à noite, ele próprio se responsabilizaria pelo doente. Alguém que pudesse ajudar. Não importava que o auxílio viesse de espíritas, católicos ou ateus. Seis dias se passaram sem que ninguém se oferecesse. Ao fim da semana, porém, duas meretrizes muito conhecidas na cidade se apresentaram e disseram-lhe: - Chico, lemos o pedido e aqui estamos. Se pudermos servir... - Ah! Como não? - replicou o médium - Entrem, irmãs! Jesus há de abençoar-lhes a caridade. Todas as noites, antes de sair, as mulheres oravam com o Chico, ao pé do enfermo. Decorrido um mês, quando o cego se restabeleceu, reuniram-se pela derradeira vez, em prece, com o velhinho feliz. Quando o Chico terminou a oração de agradecimento a Jesus, os quatro choravam. Então, uma delas disse ao médium: - Chico, a prece modificou a nossa vida. Estamos a despedir-nos. Mudamo-nos para Belo Horizonte, a fim de trabalhar. E uma passou a servir numa tinturaria, desencarnando anos depois e a outra conquistou o título de enfermeira, vivendo, ainda hoje, respeitada e feliz.

A água da paz

Em torno da mediunidade, improvisam-se, ao redor do Chico, acesas discussões. É, não é. Viu, não viu. E o médium sofria, por vezes, longas irritações, a fim de explicar sem ser compreendido. Por isso, à hora da prece, achava-se quase sempre, desanimado e aflito. Certa feita, o Espírito de Dona Maria João de Deus compareceu e aconselhou-lhe: - Meu filho, para curar essas inquietações você deve usar a Água da Paz. O Médium, satisfeito, procurou o medicamento em todas as farmácias de Pedro Leopoldo. Não o encontrou. Recorreu a Belo Horizonte. Nada. Ao fim de duas semanas, comunicou à genitora desencarnada o fracasso da busca. Dona Maria sorriu e informou: - Não precisa viajar em semelhante procura. Você poderá obter o remédio em casa mesmo. A Água da Paz pode ser a água do pote. Quando alguém lhe trouxer provocações com a palavra, beba um pouco de água pura e conserve-a na boca. Não a lance fora, nem a engula. Enquanto perdurar a tentação de responder, guarde a água da paz, banhando a língua. O Médium baixou então, os olhos, desapontado. Compreendera que a mãezinha lhe chamava o espírito à lição da humildade e do silêncio.

Solidão aparente

Em meados de 1932, o "Centro Espírita Luiz Gonzaga" estava reduzido a um quadro de cinco pessoas, José Hermínio Perácio, D. Carmen Pena Perácio, José Xavier, D. Geni Pena Xavier e o Chico. Os doentes e obsidiados surgiram sempre, mas, logo depois das primeiras melhoras, desapareciam como por encanto. Perácio e senhora, contudo, precisavam transferir-se para Belo Horizonte por impositivos da vida familiar. O grupo ficou limitado a três companheiros. D. Geni, porém, a esposa de José Xavier, adoeceu e a casa passou a contar apenas com os dois irmãos. José, no entanto, era seleiro e, naquela ocasião, foi procurado por um credor que lhe vendia couros, credor esse que insistia em receber-lhe os serviços noturnos, numa oficina de arreios, em forma de pagamento. Por isso, apesar de sua boa vontade, necessitava interromper a freqüência ao grupo, pelo menos, por alguns meses. Vendo-se sozinho, o Médium também quis ausentar-se. Mas, na primeira noite, em que se achou a sós no centro, sem saber como agir, Emmanuel apareceu-lhe e disse: - Você não pode afastar-se. Prossigamos em serviço. - Continuar como? Não temos freqüentadores... - E nós? - disse o espírito amigo. - Nós também precisamos ouvir o Evangelho para reduzir nossos erros. E, além de nós, temos aqui numerosos desencarnados que precisam de esclarecimento e consolo. Abra a reunião na hora regulamentar, estudemos juntos a lição do Senhor, e não encerre a sessão antes de duas horas de trabalho. Foi assim que, por muitos meses, de 1932 a 1934, o Chico abria o pequeno salão do Centro e fazia a prece de abertura, às oito da noite em ponto. Em seguida, abria o "Evangelho Segundo o Espiritismo", ao acaso e lia essa ou aquela instrução, comentando-a em voz alta. Por essa ocasião, a vidência nele alcançou maior lucidez. Via e ouvia dezenas de almas desencarnadas e sofredoras que iam até o grupo, à procura de paz e refazimento. Escutava-lhes as perguntas e dava-lhes respostas sob a inspiração direta de Emmanuel. Para os outros, no entanto, orava, conversava e gesticulava sozinho... E essas reuniões de um Médium a sós com os desencarnados, no Centro, de portas iluminadas e abertas, se repetiam todas as noites de segundas e sextas-feiras.

Uma dívida paga pelo alto...

José, o irmão de Chico, que fora por muito tempo seu orientador e dirigia as sessões do "Luiz Gonzaga", adoece gravemente, e, sob a surpresa de seus caros entes familiares, desencarna, deixando ao irmão o encargo de lhe amparar a família. Dias depois, o Chico verifica que o José lhe deixara também uma dívida, pois esquecera de pagar a conta da luz, na importância de onze cruzeiros. Isto era muito para o pobre Médium, pois no fim de cada mês nada lhe sobrava do ordenado. Pensativo, sentou-se à soleira da porta de sua casinha rústica e abençoada. Emmanuel lhe diz: Não se apoquente, confie e espere... Horas depois, alguém lhe bate à porta. Vai ver. Era um senhor da roça. - O senhor é o seu Chico Xavier? - Sim. Às suas ordens, meu irmão. - Soube que seu irmão José morreu. E vim aqui pagar-lhe uma bainha de faca que ele me fez há tempos. E aqui está a importância combinada. Chico agradeceu-lhe. E ficando só, abriu o envelope. Dentro estavam onze cruzeiros ... para pagar a luz. Sorriu, descansado, livre de um peso. E concluiu para nós: - "Que bela lição ganhei". E nós: - Também para os que sabem olhar para os lírios dos campos, que não temem o amanhã, porque sabem que ele pertence a Deus.

Quem dera que você fosse o Chico...

Numa livraria de Belo Horizonte, servia um irmão que, pelo hábito de ouvir constantes elogios ao Chico Xavier, tomou-se de admiração pelo Médium. Leu, pois, com interesse, todos os livros de Emmanuel, André Luiz, Néio Lúcio, Irmão X e desejou, insistentemente, conhecer o psicógrafo de Pedro Leopoldo. E aos fregueses pedia, de quando em quando: - Façam-me o grande favor de me apresentar o Chico, logo aqui apareça. Numa tarde, quando o Aloísio, pois assim se chamava o empregado, reiterava a alguém o pedido, o Chico entra na Livraria. Todos os presentes, menos o Aloísio, se surpreendem e se alegram. Abraçam o Médium, indagam-lhe as novidades recebidas. E depois, um deles se dirige ao Aloísio: - Você não desejava ansiosamente conhecer o nosso Chico? - Sim, ando atrás desse momento de felicidade.... - Pois aqui o tem. Aloísio o examina; vê-o tão sobriamente vestido, tão simples, tão decepcionante. E correspondendo ao abraço do admirado psicógrafo, com ar de quem falava uma verdade e não era nenhum tolo, para acreditar em tamanho absurdo: - Quem dera que você fosse o Chico, quem dera!... E Chico, compreendendo que Aloísio não pudera acreditar que fosse ele o Chico pela maneira como se apresentava, responde-lhe, candidamente: - É mesmo, quem me dera... E, despedindo-se, partiu com simplicidade e bonomia, deixando no ambiente uma lição, uma grande lição, que ira depois ser melhormente traduzida por todos, e, muito especialmente, pelo Aloísio...

Viajando com um sacerdote

Sentado no ônibus que o levaria a Belo Horizonte, Chico notou que seu companheiro de banco era um Irmão Sacerdote. Cumprimentou-o e entregou-se à leitura de um bom livro. O Sacerdote, também, correspondeu-lhe o cumprimento, abrira um livro sagrado e ficara a lê-lo. Em meio à viagem, passou o ônibus perto de um lugarejo embandeirado, que comemorava o dia de S. Pedro e S. Paulo. O Sacerdote observou aquilo e, depois, virando-se para o Chico comentou: - Vejo esta festividade em honra de dois grandes Santos, e neste livro, leio a história de S. Paulo, cujo autor lhe dá proeminência sobre S. Pedro. Não se pode concordar com isto. S. Paulo é o Príncipe dos Apóstolos, aquele que recebeu de Jesus as chaves da Igreja. Chico, delicadamente, deu sua opinião, e o fez de forma tão simples, revelando grande cultura, que o Sacerdote, que não sabia com quem dialogava, surpreendeu-se e lhe perguntou: - O senhor é formado em Teologia, ou possui algum curso superior? - Não. Apenas cursei até o quarto ano de instrução primária. - Mas, como sabe tanta coisa da vida dos santos, principalmente de S. Paulo, de S. Estêvão, de S. Pedro, e de outros, realçando-lhes fatos que ignoro?... - Sou médium... - Então, o senhor é o Chico Xavier, de Pedro Leopoldo? - Sim, para o servir. - Então, permita-me que lhe escreva e prometa-me responder minhas cartas, pois tenho muita coisa para lhe perguntar. Faça-me este favor. Afinal, verifico que Deus... nos pertence... - Pode escrever; de bom grado responder-lhe-ei. Assim trabalharemos não apenas para que Deus nos pertença, mas para que pertençamos também a Deus, como nos ensina o nosso benfeitor Emmanuel. E, até hoje, Chico recebe cartas de Irmãos de todas as crenças , particularmente de Sacerdotes bem intencionados, como o irmão com quem viajou e de quem se tornou amigo. E, tanto quanto lhe permite o tempo, lhes responde e nas respostas vai distribuindo o Pão Espiritual a todos os famintos, ovelhas do grande redil, em busca do amoroso e Divino Pastor, que é Jesus.